quarta-feira, junho 07, 2006

Abandono


Abandono

Desamparo, desprezo.
Fugir do próprio desejo
De me ter de te ter,
Assim meio que sem querer.
Deixar pra traz aquilo que não se quer mais.

Sentindo a absintina na boca.
Abur! Aquela coisa loca
O fel consome do inferno ao céu.

Feiticista que sou acordei!
Talvez por ser verde, apenas um pupilo.

Desapontado permaneço irado.
A decepção e a desilusão
Correm lado a lado
Como dois lagos
Que se unem até virar rio
Para esfriar ainda mais o sangue frio
Que corre em suas veias
Como se eu fosse um mero grão de areia
No centro da praia de Copacabana.
Mesmo sabendo que não viveremos a paixão praiana
Mesmo sabendo que não deitarei em sua cama
Mesmo sabendo que não terei tua boca profana
Meu corpo em chamas clama!
Pelo teu, mas quem sou eu?
Apenas um jovem plebeu....
Não pelo seu nem pelo meu,
Mas pelos nossos desejos
Peço-lhe... – não quero o desapego!

Mister DeLaRua*

10/11/2005

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