quinta-feira, junho 08, 2006

De-Repente Um Vazio


De Repente Um Vazio

A enorme boca do Dragão se abre,
Devora-me vivo.
Sem dor... Sem máculas...
Enveredo-me por entre as ruelas
Do destino
E encaro este mundo real.
Este mundo... Vazio.

A consciência, machuca.

Quisera não entender
O que se passa aqui.

Ver os andarilhos esfomeados
A rondar seus olhos...

Quisera poder perpetuar
O sorriso de uma menina...

Mas, o Dragão Vive...

Tórridas labaredas lançam-se
Para mim.

Enxergar esta Vida falha,
Sem anestesia...

É preciso... Calma.
É preciso
Alma...

Senhor, afasta de mim o Dragão,
O Vulcão.
Traga de volta a esperança.
Conduza meus passos largos
No ritmo da sua dança.
Preencha o vazio
E faça-me lembrar
Das rosas
E não dos seus espinhos.


DeLaRua
28/6/01

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