quinta-feira, abril 25, 2013

Samba da Dona Esquiva



Pra você, eu trago, um sambinha pós,
Que fiz na fossa pra cantar a sós.

De cara amarrada isso não é normal, 
nem mesmo brigamos pra ficar de mau.

dona esquiva no ponto dá dois passos pra trás
mas nem ela direito sabe bem o que faz.
passo a vida, por debaixo das escadas,
agradeço as horas extras do meu anjo da guarda.

Eu me bagunçava, mas eu tinha a Esquiva,
na mecânica da vida... ela que me conserta, 
mas quando foge de mim meu coração aperta,
o resto é silencio. 

E o gato quando está com a cuca sã, mia até de manha
a dona esquiva pro gato não da bola, 
foge do coitado até romper aurora.

dona esquiva não perde a rima, 
se anima mas não para de se esquivar, 
vive a fugir até ver o gato miar.
ela foge sem bode e corre do bigode do gato
e desse jeito vai se dar mau, faz o gato de sapato etc e tal.

Ela era o meu samba, da minha vida o enredo,
ela era o meu café, agora tenho medo de até perder a fé.

E agora na Avenida a escola ja passou
despencou a minha vida, e o coração do gato secou.

Assim com a Dona esquiva 
o Gato curtiu uma coisa boa.
pena que é tempestade
o que antes era garoa.

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